29 de setembro de 2010

História e ocupação do vale do ribeira

Ocupação do território

O litoral da Baixada do Ribeira era habitado por índios seminômades que se dedicavam à caça, pesca e à agricultura itinerante de mandioca e foi visitado por exploradores e colonizadores no início do século XVI. Caso da expedição de 80 homens organizada por Martim Afonso de Sousa para explorar o interior em busca de ouro e prata.

Nesse primeiro período de exploração mineral surgiram os dois núcleos embrionários do Vale do Ribeira: as vilas litorâneas de Cananéia e Iguape. cuja economia se baseava na lavoura de subsistência e na atividade pesqueira. A partir do século XVII , iniciou-se uma ocupação mais intensa do interior em busca de ouro. Com o intenso fluxo fluvial no rio Ribeira de Iguape começou a colonização em suas margens e surgiram as cidades de Sete Barras, Juquiá, Ribeira e Jacupiranga entre outras.

A descoberta de minas de ouro contribuiu ainda mais para o fim do isolamento do interior. A articulação fluvial entre Iguape e os núcleos surgidos rio acima, conferiu à cidade grande importância estratégica e seu porto adquiriu grande relevância nacional.Mesmo tendo perdido o posto de principal atividade econômica no decorrer do século XVII em decorrência da descoberta de minas em outras regiões, a exploração do ouro se estendeu até o início do século XIX.

Iniciou-se assim o desenvolvimento da agricultura e o porto de Iguape, responsável pelo escoamento de produtos e pela ligação econômica da região com o resto do país, passou a ser considerado um dos mais importantes do país. O arroz tornou-se o principal produto agrícola, com a utilização de mão de obra escrava, e passou a ser exportado para mercados europeus e latino-americanos. O crescimento da demanda fez com que fosse necessário facilitar o escoamento da produção arrozeira pelo porto de Iguape e baratear os custos com fretes. Por essa razão, em 1825, foi construído o Canal de Valo Grande, interligação entre o rio Ribeira de Iguape e o Mar Pequeno.



Cultivo da banana na região iniciou-se no século XX: Marcos Gamberini/ISA

No entanto, as oscilações do mercado e a dificuldade em repor fatores de produção, combinados com a expansão das lavouras de café e a abolição do tráfico de escravos, contribuíram, no inicio do século XX, para o colapso da produção de arroz e a conseqüente estagnação econômica. A economia do Vale regrediu voltando ao estágio de agricultura de subsistência, que se prolongou e foi responsável pela acentuada decadência econômica regional.

No início do século XX começaram as culturas de banana e chá. A partir dos anos 1960, a construção de estradas de asfalto facilitou a chegada à região, contribuindo um pouco para o desenvolvimento local. A duplicação da BR-116, que ainda não está terminada, pode ser considerada mais um passo para a integração do vale aos centros urbanos.

Ainda na década de 1960 a importância ecológica da Bacia do Rio Ribeira de Iguape passou a ser reconhecida e foram criadas diversas áreas de reserva e proteção ambiental, fundamentais na preservação da biodiversidade do local. Essas áreas de proteção, entretanto, acabaram por afetar a população nativa que ficou privada do uso da terra e daquilo que garantia seu trabalho e subsistência.

Além disso, as áreas florestais da região vêm sendo desmatadas, para a implantação de pastos, plantio de seringueiras, cacau, banana, ou mesmo para a retirada de madeira e carvão vegetal – atividade estimulada a partir do ciclo de desenvolvimento que se instalou no País na década de 1960.

A economia do Vale do Ribeira, hoje

A agricultura continua sendo a principal atividade econômica e fonte de renda da população do vale. Em sua faixa litorânea, contudo, a pesca exerce papel fundamental na ocupação e desenvolvimento econômico das comunidades locais. Os principais produtos comercializados pelos pescadores são o camarão e a ostra, além de crustáceos e pescados. As culturas mais presentes nas lavouras do vale, por sua vez, são a banana e o chá preto, que ocupam áreas mais extensas e têm maior relevância do ponto de vista comercial. Atividades de pecuária também são registradas em algumas localidades.

Viveiros de ostras na comunidade de Mandira, em Cananéia: José Gabriel Lindoso/ISA

A banana, por exemplo, é cultivada em quase todos os municípios, por grandes e pequenos produtores. No entanto, aos pequenos agricultores faltam opções que visem agregar valor ao produto bruto. O trabalho com os subprodutos da banana, que representaria uma possibilidade de aumento de renda, ainda é incipiente.

Embora a agricultura predomine, o litoral e o interior possuem especificidades econômicas em conseqüência da localização geográfica e também do modo de ocupação. A área litorânea ocupada predominantemente pela população caiçara e algumas aldeias de índios guarani se dedicam mais à atividade pesqueira em canal ou mar aberto. Já no interior, onde predominam as comunidades quilombolas, a cultura da banana representa a principal atividade.

Existe ainda um setor secundário regional caracterizado por reduzido número de estabelecimentos que absorvem pouca mão-de-obra, com destaque para a exploração de fosfato e calcário, predominante nos municípios de Cajati e Apiaí. Grande número de produtores familiares desenvolvem agricultura de subsistência. A pecuária é incipiente.
fonte:http://www.ciliosdoribeira.org.br

Conheça o Vale do Ribeira

Patrimônio natural, socioambiental e cultural da humanidade, título conferido em 1999 pela Unesco, o Vale do Ribeira localiza-se entre os estados de São Paulo e Paraná, estendendo-se ao longo de 2 830 666 hectares (28 306 quilômetros quadrados) - 1 119 133 hectares no Paraná e 1 711 533 hectares em São Paulo. Trata-se da maior área contínua de Mata Atlântica do Brasil.

Complexo Estuarino Lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá, no litoral do vale: José Gabriel Lindoso

Bioma considerado um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de diversidade biológica do Planeta, a Mata Atlântica hoje está reduzida a 7% de sua área original, ou a aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. Desse total, 23% se situam no Vale do Ribeira com seus 2,1 milhão de hectares de florestas, 150 mil de restingas, 17 mil de manguezais e 200 km de uma costa recortada por um conjunto de praias, estuários e ilhas. Todas essas áreas estão extremamente bem preservadas, incluindo o mais conservado banco genético das regiões Nordeste, Sudeste e Sul e a mais importante reserva de água doce dos dois estados.


Rio Ribeira de Iguape visto do alto: Wigold Schaffer
Nessa região de Mata Atlântica nascem diversos rios que abastecem cidades e metrópoles brasileiras, beneficiando milhões de pessoas, e é fonte de subsistência para populações tradicionais - comunidades indígenas, de caiçaras, de quilombolas e de agricultores familiares entre outros. Essas comunidades compõem um mosaico de diversidade cultural raramente encontrada em locais tão próximos de grandes centros urbanos. Daí a importância de conservar e recuperar as matas das beiras dos rios da região.

Áreas protegidas

Só para se ter uma idéia, 78% da área do Vale do Ribeira e das zonas costeiras contíguas ainda estão cobertas por remanescentes originais. Apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica ainda abriga uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, com alto grau de endemismo. Os estados e municípios situados no bioma são responsáveis por quase 70% do PIB nacional e abrigam mais de 60% da população brasileira.


Queda d'água no Parque Estadual do Alto Ribeira (Petar): José Gabriel Lindoso/ISA

Mais da metade do território do Vale do Ribeira é protegido legalmente por meio de um mosaico integrado de unidades de conservação marinhas e terrestres como parques, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental (APAs), que formam uma espécie de cordão de proteção do patrimônio natural, soicoambiental, cultural, arqueológico espeleológico e histórico. Entre essas unidades de conservação pode se- citar o Parque Estadual do Alto Ribeira (Petar), o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, o Parque Estadual de Jacupiranga e a Estação Ecológica Juréia-Itatins entre outros. Por tudo isso, é que em 1999, a Unesco conferiu à Reserva da Mata Atlântica do Sudeste, constituída por 17 muncípios do Vale do Ribeira, o título de Patrimônio Histórico e Ambiental da Humanidade, pelo fato de possuir os melhores e mais extensos remanescentes de Mata Atlântica na região sudeste do Brasil. São 470.000 ha, que revelam a riqueza biológica e evolução histórica do Bioma, além da beleza da paisagem.



Em Cananéia, no litoral do Vale do Ribeira, botos encantam os visitantes: José Gabriel Lindoso/ISA

São mais de 300 cavernas e sítios arqueológicos, mais de 150 monumentos, ruas e imóveis tombados como patrimônio histórico-cultural, sem contar a diversidade de fauna e flora, espalhados pro 31 municípios, 9 no Paraná e 22 em São Paulo.




No município de Iporanga, uma das mais 300 cavernas do Vale: José Gabriel Lindoso/ISA

Riqueza socioambiental com baixo IDH

Em contraposição aos ricos patrimônios ambiental e cultural, o Vale do Ribeira apresenta os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados de São Paulo e Paraná, incluindo os mais altos índices de mortalidade infantil e de analfabetismo.

A população local também não possui alternativas econômicas adequadas ao desenvolvimento sustentável da região. Esse quadro é agravado por sua proximidade de dois importantes centros urbanos e industriais – São Paulo e Curitiba – e ainda por recentes investimentos em obras de infra-estrutura, tais como: a duplicação da Rodovia Regis Bittencourt (BR-116); as propostas de construção de usinas hidrelétricas no rio Ribeira de Iguape e as propostas de transposição de bacias a fim de desviar água da região para São Paulo e Curitiba.

Tudo isso ameaça transformar o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente.
fonte:http://www.ciliosdoribeira.org.br

28 de setembro de 2010

PARA GELAR RÁPIDO A CERVEJA!!

Para cada saco de gêlo, coloque dois litros de água, meio quilo de sal e meia garrafa de álcool.


A água aumenta a superfície de contato, o sal reduz a temperatura de fusão do gêlo, o álcool rouba calor.

Os físicos chamam o líquido de "mistura frigorífica".

GÊLO, ÁLCOOL SAL E ÁGUA!

A mistura frigorífica é barata e a cerveja fica em ponto de bala em 3 minutos.

Che Guevara

Olhe atentamente por 1 min para o ponto no centro do desenho...

Depois olhe para a parede....



Pisque rapidamente por várias vezes e veja o resultado!!!!

21 de setembro de 2010

Historia da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116)



Presidente Juscelino Kubitschek na inauguração da BR-116 Por

Por volta de 1948, a Prefeitura de Itapecerica da Serra construiu uma estrada até Juquitiba, e apesar de suas condições técnicas deixarem muito a desejar, a possibilidade de nela trafegarem caminhões veio alterar profundamente as atividades comerciais da região que passaram a ser principalmente a extração de madeiras e a fabricação de carvão vegetal. Em 1952 esta estrada foi transferida para o Departamento Estadual de Estrada de Estrada de Rodagem (DNER).

Em 1957 o Governo Federal, Presidente Juscelino K. de Oliveira, resolveu construir não mais uma ferrovia e sim uma rodovia, a BR 116 construída quase no traçado estudado em 1903, somente aperfeiçoados por recursos técnicos mais modernos para a época. Em 1961 era inaugurada a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), projetada para receber 8.000 automóveis por dia. Em 1999, comportava mais de 32.000 veículos, dos quais 25.000 eram caminhões. Hoje em dia nem se fala quanto aumentou este trafego.

Fonte Site http://www.otaboanense.com.br/2006/not_150l.htm

FARINHA DE BANANA VERDE É ESPERANÇA PARA DIABÉTICOS

A banana verde tem um amido resistente, cuja digestão liberaria substâncias benéficas ao organismo

Globo Repórter

Ao longo do litoral brasileiro, milhões de bananeiras revelam a nossa vocação tropical. Em algumas regiões, as plantações cobrem de verde milhares de hectares, como no Vale do Ribeira, sul de São Paulo. Foi lá que dona Heloísa tentou ser fazendeira. Mas descobriu, rapidinho, que o negócio não era tão fácil.

Os cachos são colhidos ainda verdes. O que não encontra comprador vira lixo. E de tanto ver o desperdício, dona Heloísa foi inventando um jeito de aproveitar as sobras. “Comecei com a sopa, depois a casca, como eu não tinha pão, nem nada, eu comia a casca. Porque eu sentia que parecia uma vagem refogadinha”, conta ela.

Comer banana verde é tradição no Vale do Ribeira. Depois de cozida, é claro. Mas ninguém imaginava que a banana verde poderia ser tão versátil. Dona Heloísa foi descobrindo que dá pra fazer qualquer coisa com essa massa. Ela batizou a receita de bio-massa e usa para incrementar o cardápio - de bombom a pasteizinhos.

É bom para economizar e agregar valor nutritivo à comida. A novidade é que só a banana verde tem amido resistente, uma substância que se perde quando a banana amadurece. O amido resistente funciona como um modulador dos níveis de colesterol e glicose no sangue.

“A banana verde é bom para a redução do colesterol, para prevenção e tratamento do diabetes, para prevenção do câncer do cólon, e para aumentar a absorção dos nutrientes do organismo porque favorece uma boa saúde intestinal. Isso é uma idéia comprovada em animais, estamos agora começando a verificar em humanos", conta a nutricionista Valéria Paschoal.

A dúvida é: será que o amido resistente continua funcionando, com todas as suas propriedades, depois que a banana verde é cozida. Essa é a pesquisa que uma equipe da Universidade Federal de São Paulo. Esclarecer isso é fundamental para saber se a bio-massa da dona Heloísa é mesmo um novo alimento funcional ou apenas um complemento nutritivo.

Depois de pesquisar 15 variedades de bananas, os cientistas já comprovaram vários benefícios da fruta. Uma delas, a banana missouri, surpreendeu até os pesquisadores. “Ela tem o dobro de fibras de outras variedades e metade do teor de açúcares”, explica o professor de nutrição Franco Lajolo.

Acrescentar vitaminas ao prato do brasileiro também é desafio para os técnicos dessa fazenda experimental, em Brasília. A plantação é um exemplo dessa busca por um alimento mais saudável. Aqui está nascendo uma cenoura com 35% mais vitamina A do que as cenouras comuns.
Falta de vitamina A pode causar desnutrição grave em crianças e até cegueira. O agrônomo mostra a diferença: a cenoura comum tem a parte superior esverdeada e é mais clara nas laterais. A nova cenoura desenvolvida aqui recebeu o nome de alvorada. Ela tem a cor mais alaranjada, o que significa um maior teor de carotenóides.

“Se você tiver o hábito de comer uma cenoura que tem um conteúdo de carotenóide, de pró-vitamina a maior, vai ter reduzida a sua chance de contrair alguma doença, do tipo avitaminose A, que é um problema sério em algumas regiões do Brasil”, esclarece Jairo Vidal Vieira.

De grão em grão, essas galinhas enchem o papo de milho, soja e carvão vegetal. A ração vitaminada servida em uma granja de Jaboticabal, no interior de São Paulo, é resultado de uma pesquisa para reduzir o teor de colesterol do ovo. Os cientistas descobriram que o carvão de churrasqueira moído cria uma espécie de purificador no organismo da galinha.

O carvão retém parte do colesterol e os dois são eliminados nas fezes. Testes de laboratório comprovaram que o ovo da galinha alimentada com a ração com pó de carvão tem 22% menos colesterol do que os ovos comuns. Os cientistas constataram também uma redução de 30% do colesterol na carne das galinhas poedeiras.



Fonte : Site Gazetaweb.com

PEIXES DO RIO RIBEIRA


Acará (Geophagus brasilis)

Anhiá ou Mãe-do-anhã (Kronichthys subteres)

Bagre (Pinirampus pirinampu )

Bagre Africano (Clarias gariepinus )

Carpa Colorida (Cyprinus carpio)

Carpa Hungara (Cyprinus Carpio )

Carboja ou Taboatã (Hoplosternum littorale)

Curimbatá (Prochilodus lineatus)

Cascudo (Hypostomus interruptus)

Charutinho (Characidium lanei )

Camarão Pitu (Metanephrops Rubellus)

Cambeva (trichomycterus zonatus)

Coridora (limpa aquario) (Corydoras nattereri)

Garrida ou Sardinha (Classe Osteichthyes)

jacunda ou lisbão (Crenicichla spp.)

Jundiá (Rhamdia quelen) ou Nhundia

Lambari (Astyanax janeioensis)

Mandi pintado (Ramdioglanis transfasciatus)

Maditinga ou Mandi chorão (Pimelodella transitória)

Manjuba (Mimagoniates microlepis)

manjubinha (mimagoniates microlepis)

Mussum (Synbranchus marmoratus)

pacu (Piaractus mesopotamicus)

Pito ( Rineloricaria sp )

Piau (Leporinus sp)

Piaba tres pintas (Leporinus friderici)

Pituva (Hisonotus gibbsus )

Robalo (Centropomus spp. )

Saguaru (Cyphocharax santacatarinae)

Tainha (Mugil platanus)

Taijibocu (Oligosarcus hepsetus)

Tilapia (Tilapia rendali, Oreochromis niloticus )

Traira (Hoplias malabaricus)

Trairão (Hoplias lacerdae)

Tuvira (Gymnotus)

Alguns desses peixes que habitam o Rio Ribeira ,mas não são nativos do rio ,vierão de outras partes ,em 1995 e 1997 ouve uma enchente muito grande aqui na região do Vale do Ribeira e escapou muitas variedades de peixes de varios criadoros , um exemplo o pacu ,o curimbata, as carpas ,bagre africano,tilapias,que encontrarão no Rio Ribeira uma biodiversidade incrivel e conseguirão se reproduzir bastante ,hoje existem muitas variedades de peixes.