24 de fevereiro de 2010

Hoje sou apenas eu

Vulgo e exacerbado sentimento. Parece que sangra e que dói sem se saber o porque, geme sem se entender o motivo da dor. Um sussurro quase gritando, uma dor quase rindo, um choro balbuciando. Uma força aperta meu peito, tão forte que expurga palavras que saem doloridas, já comovidas por minha angústia tão intensa.

Como desejaria ser hoje poeta nato, para transmitir em bela poesia esse meu sofrer demasiado, ou mesmo um músico aclamado para compor uma melodia que melancolizasse este sentir espinhoso. O mais talentoso dançarino talvez, para com meu corpo expressar o que as palavras deste texto infelizmente não podem, ou por fim, apenas um velho senhor sentado no banco, tendo o tempo - e a experiência de suas dores vividas e lembranças carcomidas - como resposta desta agonia.

Porém entre tantos que desejei ser, hoje sou apenas eu, com minhas ânsias cruas e nuas, meu sonhar, meu sentir e amiúde amar. Minhas fantasias, contos, exageros e máscaras, personagens de um teatro chamado vida, de um espetáculo chamado "agora", de um enredo em tempo real, onde muitos pensam que eu sou diretor, mas feliz ou infelizmente sou só um mero coadjuvante.

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